PROJETO

Introdução ao tema

    O conceito de Modernidade Líquida se baseia nas ideias do filósofo Zygmut Bauman, que elaborou uma teoria abrangendo a dinâmica das relações humanas, intra e interpessoais. Essa teoria consiste em afirmar que os laços humanos estão se tornando cada vez mais superficiais, cada vez mais efêmeras e pouco duradouras. Esse processo ocorre com o avanço da sociedade, que deixa para trás valores considerados ultrapassados para a vida atual. Tal mudança é fortemente favorecida pelo avanço tecnológico experimentado por todo o mundo. 
    Dentro do conceito proposto por Bauman, a principal noção da nova Modernidade é a liquidez observada em todos os contextos sociais dessa nova realidade. A “liquidez” descrita corresponde a superficialidade das conexões sociais formadas entre as pessoas. Atualmente, embora haja a facilidade de se conectar com outras pessoas, proporcionada pelo avanço tecnológico, também há a de desconectar. O rompimento é sempre um processo traumático, por isso, tal facilidade possibilitada pelas conexões digitais é um grande atrativo.
    Pode-se enxergar esta concepção em diferentes aspectos presentes no cotidiano de cada pessoa. Vemos, em conexões de todo tipo, por exemplo, relacionamentos amorosos, relacionamentos familiares, amizades, entre outros. Não é difícil de perceber a superficialidade e a falta de compromisso presente nessas relações. A fragilidade encontrada é a materialização da liquidez descrita por Bauman.
    Desse modo, é evidente que a teoria da Modernidade Líquida têm veracidade e procedência no mundo real. A partir de todas as observações que podem ser feitas até mesmo em nossas próprias vidas, a teoria se torna irrefutável, e passamos a identificá-la em diversas características de nossa sociedade. 


Justificativa do tema

    O tema foi escolhido pelo grupo por seu baixo nível de conhecimento popular, porém alta aplicabilidade na vida real e no mundo concreto. A teoria do Mundo Líquido traz um ponto de vista diferenciado sobre as conexões humanas que fazemos todos os dias, mesmo sem perceber as características peculiares presentes nelas. 
    Nos auxilia no entendimento de acontecimentos comuns no cotidiano da sociedade moderna, porém que parecem estranhos e fora dos padrões quando comparados com os valores dos relacionamentos vistos antigamente. 
    A realidade das conexões humanas parecem distantes quando postas lado a lado com a realidade ultrapassada, pelo altíssimo nível de mudança ocorrido. Por isso, temos a sensação de que, dado a tantas mudanças, poderiam ter se passado anos de evolução. Porém, se analisarmos objetivamente, não existe tal diferença, os anos e épocas são próximos. Logo, as mudanças ocorreram rapidamente, intensamente e incessantemente. 
    Dessa maneira, é importante termos conhecimento das teorias que explicam e nos ajudam a assimilar os acontecimentos pelos quais passamos todos os dias, porém sem compreender, ou até mesmo nos dar conta de seu funcionamento.   


Objetivos

 - Trazer conhecimento do tema, do conceito de Modernidade Líquida, assim como salientar o processo de transição pelo qual as conexões humanas passaram para que haja tal Modernidade. Temos tal conscientização como principal objetivo, pois mesmo com grande peso em nosso cotidiano, o conhecimento popular sobre o tema é baixo.
- Apresentar uma comparação entre as gerações mais recentes, com maior desenvolvimento das características correspondentes à realidade líquida em seus laços e interações sociais, e gerações mais antigas, com menor desenvolvimento dessas características, possuindo relações mais “sólidas” e diferentes das atuais.
- Ressaltar acontecimentos presentes no cotidiano de habitantes inseridos em qualquer contexto social, relacionando-os à Teoria da liquidez para demonstrar e fazer qualquer um que se identifique com os exemplos práticos e enxergar a grande aplicabilidade da Teoria à sua vida. 
- A partir dos exemplos, então, observar e perceber que o conceito de liquidez proposta para as relações humanas afeta diretamente o meio em que estamos inseridos e passar a aplicar esse conhecimento na vida prática.


População e Amostra
 
    Nossa população abrange os jovens, os adultos e os idosos com o intuito de comparar qual o conceito de realidade e de relacionamentos humanos com que esses três grupos etários se identificam e como lidam com as diversas mudanças que originaram a dinâmica social atual. A partir de então, obter dados quanto ao alcance da Modernidade Líquida e quando entrou em vigor.
    O foco da amostra são jovens, adultos e idosos entre 13 a 82 anos que responderam nosso questionário on-line, totalizando um total de 313 entrevistados.


Revisão Bibliográfica - Textos e resumo

Texto 1: Modernidade Líquida
Por: Lucas de Oliveira Rodrigues

Além da Modernidade
O período que se seguiu ao fim da Segunda Guerra Mundial foi palco de mudanças rápidas e profundas de inúmeras características nas nossas relações sociais, instituições dos Estados, construções culturais e várias outras configurações do mundo social que se construiu durante o período que se denominou de “moderno”.
Para alguns estudiosos das disciplinas que se dedicam ao estudo desses fenômenos, essas mudanças foram tão significativas que eles acreditam que é preciso falar agora da superação ou do fim do período moderno, ou da pós-modernidade, por assim dizer. Essa transição teria ocorrido em função da quebra de certos paradigmas que seriam pilares de sustentação da Modernidade de um ponto de vista sócio-histórico. Esses pilares seriam as narrativas e ideologias fundadoras de explicações sobre o mundo social moderno que fundamentavam ações e perspectivas que agora já não mais se sustentam.

Zygmunt Bauman e a Modernidade Tardia
Entre os teóricos que tratam da modernidade tardia, ou da pós-modernidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman é uma referência absoluta. Sua obra trata de uma série de mudanças que se estabeleceu nas últimas décadas e que exerceu, e ainda exerce, grande influência sobre o mundo social contemporâneo. Entre elas, a globalização foi uma das maiores forças de transformação da paisagem social moderna. A aproximação, ou o “encurtamento das distâncias”, transformou as relações humanas de várias formas.
Em suas obras, Bauman cunha o termo “modernidade líquida” para tratar da fluidez das relações em nosso mundo contemporâneo. O conceito de modernidade líquida refere-se ao conjunto de relações e dinâmicas que se apresentam em nosso meio contemporâneo e que se diferenciam das que se estabeleceram no que Bauman chama de “modernidade sólida” pela sua fluidez e volatilidade. A ideia baseia-se na construção do conceito sócio-histórico de modernidade, que atravessa um enorme período da história humana e da mesma forma marca mudanças no pensamento e nas relações entre seres humanos e instituições sociais.

Modernidade sólida
As mudanças que se iniciaram com o renascimento, quando os ideais racionalistas começavam a ganhar força diante do pensamento tradicional, ampliaram-se no decorrer do tempo, tornando-se ponto de ruptura com as formas anteriores de organização social. Diante disso, os paradigmas constituídos nos períodos pré-modernos lentamente se dissolveram e deram lugar a novas formas de manutenção do mundo social. A religiosidade, por exemplo, deixou seu lugar de única provisora legítima de preceitos morais, responsáveis em grande parte pela mediação das ações dos sujeitos da época, e foi substituída pela formalização racional das leis civis e da ética. Esse mesmo processo de racionalização foi, em grande parte, responsável pela maioria das mudanças que se instauraram no período moderno.
Esse é o momento que Bauman se refere como “modernidade sólida”, pois ainda há fixidez nas relações sociais entre sujeitos e instituições sociais. A construção do sentimento de nacionalismo, por exemplo, é um dos pontos que Bauman diz servir como ponto de apoio da formação da identidade do sujeito na modernidade sólida.
Outra mudança profunda foi desempenhada pelo ideal do progresso baseado no pensamento racional e na ciência, que se tornaram motores dos avanços tecnológicos que se estabeleceram no período e que, por sua vez, mudaram toda a organização com a qual se relacionavam. O trabalho, por exemplo, que antes se baseava no processo de aprendizagem por imitação ou tradição passada de pais para filhos, agora se estabelecia de forma especializada e formal nas escolas técnicas em razão do progressivo aumento da complexidade das tarefas laborais relativas às indústrias e suas máquinas.
Esses exemplos servem para demonstrar que, enquanto os moldes tradicionais foram, sim, desconstruídos, eles foram também reconstruídos com outras configurações no momento inicial do período moderno, mantendo sua forma “sólida” e seu papel de ordenação do mundo social.

Modernidade líquida
Quando se chega à modernidade líquida, toda estrutura social montada em torno da relativa fixidez moderna dilui-se. Para Bauman, as relações transformam-se, tornam-se voláteis na medida em que os parâmetros concretos de “classificação” dissolvem-se. Trata-se da individualização do mundo, em que o sujeito agora se encontra “livre”, em certos pontos, para ser o que conseguir ser mediante suas próprias forças. A liquidez a que Bauman se refere é justamente essa inconstância e incerteza que a falta de pontos de referência socialmente estabelecidos e generalizadores gera.
São esses padrões, códigos e regras a que podíamos nos conformar, que podíamos selecionar como pontos estáveis de orientação e pelos quais podíamos nos deixar depois guiar, que estão cada vez mais em falta. Isso não quer dizer que nossos contemporâneos sejam livres para construir seu modo de vida a partir do zero e segundo sua vontade, ou que não sejam mais dependentes da sociedade para obter as plantas e os materiais de construção. Mas quer dizer que estamos passando de uma era de 'grupos de referência' predeterminados a uma outra de 'comparação universal', em que o destino dos trabalhos de autoconstrução individual (…) não está dado de antemão, e tende a sofrer numerosa e profundas mudanças antes que esses trabalhos alcancem seu único fim genuíno: o fim da vida do indivíduo. (BAUMAN, 2001)
O que acontece hoje é, então, uma repetição do que aconteceu antes na passagem do mundo pré-moderno para o moderno. O “derretimento” dos parâmetros sociais modernos é obra das mesmas forças de desconstrução dos paradigmas das sociedades tradicionais anteriores às sociedades modernas. Todavia, não há uma reconstrução de parâmetros “sólidos”. Estes permanecem em sua forma fluida, podendo tomar a forma que as forças sociais e individuais, em momentos específicos, determinarem.
Dessa forma, temos o sujeito líquido, aquele em que inúmeras identidades se manifestam em momentos diferentes. Um professor que se identifica como tal, por exemplo, agirá de uma forma diante da sua sala de aula e, em meio a uma torcida organizada de seu time, de outra forma. Os dois são parâmetros de identificação distintos, que muitas vezes podem ser conflitantes, mas que constituem a construção identitária de um mesmo sujeito.

Link original: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm  


Texto 2: A modernidade líquida e a vida humana transformada em objeto de consumo 
Por: Eliton Fernando Felczak

A atualidade é conceituada por Zygmunt Bauman como “modernidade líquida”, pela incapacidade de manter a forma. As relações, instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar. Nesse contexto, as vidas humanas são transformadas em objetos de consumo. O ser humano deixa de ser sujeito e passa a ser objeto na relação de compra e venda.
Não há como negar o papel do consumo na construção da modernidade, da ética e da própria antropologia na atualidade. Com o consumo, Bauman busca explicar a forma de viver dos seres humanos. O autor traz o termo consumo para dentro do campo da filosofia, indo além das abordagens então existentes nos campos da economia, da sociologia e da psicologia.
O consumo, na visão de Bauman, é a transformação da vida humana em mercadoria, noção que remete à segunda tese de Marx, o fetichismo da mercadoria. Essa tese possui dimensão normativa, sendo parcialmente válida no pensamento sociológico contemporâneo. Marx diz que o fetiche recorre à região nebulosa da crença. Os objetos tornam-se sujeitos e as pessoas viram objetos, numa total inversão de valores.
As relações sociais e os laços afetivos estão cada vez mais vulneráveis na modernidade líquida. O cunho mercadológico passa a interferir nas relações afetivas, focalizando a materialidade do ser humano. Nunca houve tanta liberdade na escolha de parceiros nem tanta variedade de modelos de relacionamentos; no entanto, nunca os casais se sentiram tão ansiosos e prontos para rever ou reverter o rumo da relação. A relação deixa de existir quando sua utilidade e seu prazer já não despertam o interesse do indivíduo, que pode substituí-la sem se importar com os sentimentos da outra pessoa.
A insatisfação nas relações revela profundamente uma insatisfação consigo mesmo, ou seja, por mais que o indivíduo esteja sempre atualizado, nunca será a melhor mercadoria no mercado da afetividade. O medo e a ansiedade de ficar de fora são eminentes. Essa situação é reafirmada na mídia com os “reality shows”, como, por exemplo, o Big Brother. A eliminação e o descarte são constantes e todos correm o risco de sair de cena, mesmo que cumpram corretamente as obrigações.
Os sites de relacionamento criam cada vez mais espaços para confissões públicas da vida íntima dos indivíduos. Isso para que as especificações das mercadorias sejam bem-feitas, a fim de chamar a atenção de possíveis pretendentes que queiram estabelecer um relacionamento. A vida interior de cada um é exposta na mídia, já não sabendo os adolescentes diferenciar o que pertence ao público e ao privado. Na busca de serem atraentes e famosos, dificilmente os jovens pensam em construir uma carreira sólida nos campos da arte, da ciência, da filosofia, da tecnologia, entre outros. Querem tornar-se celebridades e ser desejados como objetos de consumo, mesmo que por breve momento.
Destaca-se atualmente o grande uso de antidepressivos. Na sociedade de consumidores, nem todos conseguem ser celebridades ou a melhor opção no mercado. Precisam ser lembrados para serem valorizados e não conseguem superar o descarte. O sofrimento e o modo de aliviar as dores também alimentam o sistema, pois pensam que com medicamentos podem resolver o problema. As pessoas passam a acreditar que, para cada problema, há uma solução na loja. Não foi provado que essa nova atitude diminui as dores humanas; no entanto foi comprovado, além de qualquer questionamento, que a induzida intolerância à dor é fonte inesgotável de lucros comerciais.
Ressalta-se que o consumo aliena a vida humana de sua capacidade de refletir, pois o uso livre e consciente da razão limitaria a manipulação. Tem forte influência no consumo a exaltação do tempo presente em detrimento do passado e do futuro. Na vida “agorista” dos indivíduos na modernidade líquida, o motivo da pressa é, em parte, o impulso de adquirir e juntar. Mas o motivo que torna a pressa de fato imperativa é a necessidade de descartar e substituir. Verifica-se que o nível da velocidade é diretamente proporcional à intensidade do esquecimento.
As metanarrativas cederam lugar a informações e dados pontuais. O imanentismo presente na vida das pessoas implica explorar e fazer o momento em que se vive de prazer um instante eterno. Essa nova racionalidade não deixa de ser a procura de algo sólido em que se possa ancorar em confronto com a breve existência.
O capitalismo parasitário é que propulsiona essa ansiedade de construir-se a si mesmo com a cultura de consumo. Consumir, em Bauman, nada mais é do que o homem investir na avaliação social de si próprio. Na sociedade de consumidores, traduz-se como vendabilidade. Isso significa obter as qualidades necessárias para atender a demandas de mercado, tornando-se atraente. As dívidas ocorrem na opção por novos produtos, ainda que não possuam o poder aquisitivo para tanto. Essas pessoas nunca foram presas em cadeias, mas encontram-se presas às mercadorias que compraram ou haverão de adquirir. O prazer da compra não dura mais que uma semana, e a dívida talvez perdure anos. Alguém deve ganhar com isso, pois alimenta continuamente a roda da economia. Esse endividamento pode ir além da concepção monetária, sendo a vida exaurida e sugada pelo sistema econômico. A pessoa acredita que é livre, mas no fundo suas escolhas são fabricadas e apresentadas em uma gama de possibilidades preestabelecidas.
Se designamos como otimista a pessoa que entende que a humanidade está vivendo na melhor das possibilidades e o pessimista como aquele que desconfia que o seu oponente esteja certo, Bauman não é otimista nem pessimista na sua descrição do homem como mercadoria, mas relata a situação atual e como ela veio a tornar-se manifesta. O autor acredita que outro mundo – alternativo e, quem sabe, melhor – seja possível e que os seres humanos sejam capazes de tornar real essa possibilidade. Mas também – infelizmente – que talvez os indivíduos prefiram ignorar os acontecimentos e continuar a viver na “menoridade”.

Link original: http://www.vidapastoral.com.br/artigos/atualidade/a-modernidade-liquida-e-a-vida-humana-transformada-em-objeto-de-consumo/  


Texto 3:  A fluidez do mundo líquido de Zygmunt Bauman 
Por: Marcelo Linsnho.

  A minha única preocupação é o tempo que levarão para achar o caminho agora. Quantas pessoas se tornarão vítimas até que a solução seja encontrada?" - Zygmunt Bauman
Houve um tempo em que conceitos eram sólidos. Ideias, ideologias, relações, blocos de pensamento moldando a realidade e a interação entre as pessoas. O século 20, com suas conquistas tecnológicas, embates políticos e guerras viu o apogeu e o declínio desse mundo sólido. A pós-modernidade trouxe com ela a fluidez do líquido, ignorando divisões e barreiras, assumindo formas, ocupando espaços diluindo certezas, crenças e práticas.
Acha correto dizer que hoje recebemos informação demais, que não somos capazes de absorver todas elas? Temos acesso mas não sabemos o que fazer com ela?
Zygmunt Bauman: Você tem toda a razão. Colocou o dedo na parte mais dolorosa de nossa ferida. Como E. O. Wilson, o grande biólogo, expressou de forma muito sucinta e correta: “Estamos nos afogando em informações e famintos por sabedoria."
Não temos tempo de transformar e reciclar fragmentos de informações variadas numa visão, em algo que podemos chamar de sabedoria. A sabedoria nos mostra como prosseguir. Como o grande filósofo Ludwig Wittgenstein dizia: “Compreender é saber como seguir adiante." E é isso que estamos perdendo. Não sabemos como prosseguir.
O senhor mencionou o fracasso de nossas instituições políticas: os partidos, a representatividade, que é falha no mundo todo. O senhor testemunhou o fracasso do sonho comunista na Polônia e na União Soviética. Qual foi o maior erro do comunismo?
Zygmunt Bauman: O comunismo se encaixava nas medidas do século 19. O século 19 foi um período de grande otimismo. Em primeiro lugar, as pessoas estavam convencidas — e tinham orgulho disso — de que, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, seria possível refazer o mundo, virá-lo de cabeça para baixo. Era uma relação leve e despreocupada com a realidade. A realidade existia para ser reciclada, modificada, aperfeiçoada etc. Essa era uma coisa. A outra era a visão do caminho futuro, da estrada para a sociedade perfeita. Todos estariam trabalhando. Foi o período da revolução industrial. No final, todos se tornariam trabalhadores. Uma boa sociedade na grande fábrica com funcionários satisfeitos. Era o período da modernidade sólida e da sociedade industrial.
Hoje, vivemos na modernidade líquida e na sociedade pós-industrial do consumismo, e a passagem da sociedade de produção para a sociedade de consumo foi uma coisa muito poderosa e importante. Mudamos o foco da construção das bases do poder da sociedade sobre a natureza para o contrário: para a cultura do imediatismo, do prazer, da individualização, de identificar a visão da felicidade com o aumento do consumo. Todos esses fenômenos novos pegaram o comunismo totalmente despreparado.
Um dos maiores problemas desse novo ponto de partida é a desigualdade. O senhor escreveu muito sobre isso, e o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, apesar de ser um país rico. Aparentemente, está claro que a riqueza de poucos não beneficia a todos. Como equilibrar melhor essa equação numa democracia?
Zygmunt Bauman: A desigualdade não está apenas aumentando, ela muda sua natureza, sua estrutura e está ligada a esses limites que o capitalismo se impõe para manter as coisas em ordem, digestíveis, toleráveis, aceitáveis. Eles desapareceram e, como resultado, a desigualdade mudou sua natureza porque as vítimas da desigualdade da sociedade eram, antigamente, as pessoas que viviam na pobreza, na base da sociedade, os párias da sociedade. Hoje não é mais assim, porque estamos testemunhando o processo que Guy Standing, um sociólogo muito ativo, chamou de “precariado".
O que chamamos de classe média, que era a parte da sociedade mais bem sucedida e confiante, está se transformando muito rapidamente no precariado, que é uma espécie de equivalente ao antigo proletariado: pessoas que estão inseguras em relação à sua posição.
De acordo com as últimas teses dos economistas — pessoas que estudam o assunto melhor do que eu e calculam as estatísticas —, não é mais uma questão dos 25% mais ricos da população e dos 25% mais pobres, mas do conflito entre o 1% que está no topo e os 99% do resto da sociedade. Não sei se você notou que a riqueza dos Estados Unidos após a crise de crédito. Houve alguma recuperação e o valor agregado da riqueza dos EUA aumentou depois da crise, mas 94% desse valor agregado ficou com 1% da população. Todo o resto teve que dividir os outros 6%.
Numa tentativa de não terminar nossa conversa de forma triste, o que lhe traz esperança quando olha em volta? Que iniciativas, projetos e coisas estão sendo feitas que lhe dão esperança no futuro da humanidade?
Zygmunt Bauman: Quanto mais envelheço, mais amplio a perspectiva na qual baseio minha avaliação da situação. Primeiro eu me concentrei em alguns excessos da modernidade, depois passei a analisar a lógica ou a falta de lógica da modernidade líquida. Foram estudos limitados pela perspectiva histórica, mas sou pessimista em relação ao curto prazo e otimista em relação ao longo prazo.
Quando analisamos a história da humanidade, apesar da nossa tendência de esquecer a história, da crise da memória histórica, apesar disso, a história da humanidade é animadora. Ela era muito mais cruel e sórdida antes.
É muito menos cruel e sórdida agora, apesar de tudo de terrível e ultrajante que acontece. Houve muitas crises na história da humanidade, muitos períodos de interregno, nos quais as pessoas não sabiam o que fazer, mas elas sempre acharam um caminho.
A minha única preocupação é o tempo que levarão para achar o caminho agora. Quantas pessoas se tornarão vítimas até que a solução seja encontrada?



Resumo do Tema

A teoria da Modernidade Líquida e sua direta relação com os jovens no século XXI.

A Teoria da Modernidade Líquida descreve uma série de características do mundo atual, o qual se torna fluido, um Mundo Líquido, e todas as certezas, todas as tradições, todas as referências são derrubadas por uma quantidade muito grande de informações e incertezas onde os indivíduos se perdem, pois não sabem como lidar, a consequência disso é uma série de doenças que começam a aparecer em grande quantidade na população, como depressão, ansiedade, insônia, e outras doenças psicológicas causadas pelo estresse contínuo.
Mundo Líquido é o mundo em que vivemos, um mundo que abriu mão de todas as tradicionalidades e culturas da geração anterior e deram espaço para a lógica do agora, do consumo, do prazer. A sociedade atual traz consigo a superficialidade das relações interpessoais, a transformação do ser humano em objeto de consumo e o medo constante do futuro, de não garantir o futuro financeiro, o medo de perder a posição social e ficar isolado, além do medo em torno da integridade física.
A superficialidade acontece na medida que não só surge a relação “ficar”, mas sim quando o amor é visto de maneira diferente, como algo que prejudica, esse fenômeno acontece na medida que os indivíduos não se entregam mais ao cônjuge e tem  medo de se decepcionar, pois ao se ligarem a uma relação mais superficial, não se decepcionam com os erros do parceiro ou com seus defeitos.
Esse medo se caracteriza principalmente quando uma pessoa sente a necessidade de olhar o celular da outra para confiar e não tem a capacidade de confiar e se entregar ao cônjuge. Portanto o significado da palavra amor muda, não é mais algo único onde as pessoas passam a depender uma da outra, mas, em geral, algo apenas para prazer ou classificação social.
A transformação do humano em objeto de consumo pode ser demonstrada principalmente pelas redes sociais, que tem uma grande semelhança às vitrines, que exibem produtos, nesse caso, pessoas, que postam imagens para mostrar o quão bonitas estão e o quão populares elas são, o quanto a posição social delas não é ameaçada.
O “medo líquido” pode ser traduzido como uma insegurança ligada à todos os fatores que definem uma vida considerada feliz à sociedade, é a insegurança de não conseguir um bom trabalho e não ter sucesso financeiro, medo de perder a integridade física ou até de não se encaixar nos padrões estéticos da sociedade. Essas inseguranças presentes na sociedade, além de aumentar os índices da incidência de doenças psicológicas como a depressão e outras doenças ligadas ao estresse, explicitam o quanto a sociedade se torna superficial em seus pensamentos, com o desejo de transparecer para a sociedade quem elas não são.
A importância do entendimento desse tema se liga ao fato de que o futuro da própria humanidade depende de como os jovens de cada realidade enfrentarão esse novo desafio.


Questionário

01 - Idade: __

02 - Qual seu nível de conhecimento sobre a Modernidade Líquida?
( )Conhecimento total sobre o assunto.
( )Conheço boa parte do assunto.
( )Tenho ideia do que se trata.
( )Já ouvi falar.
( )Não conheço.

03 - Quantos amigos você tem no facebook?
( )Não tenho facebook.

( )Menos de 100
( )De 100 a 500
( )De 500 a 1000 amigos
( )Mais que 1000 amigos

04 - Quantos amigos próximos você diria que tem fora das redes sociais?
( )Nenhum
( )Pouquíssimos
( )Poucos
( )Alguns
( )Muitos

05 - Seu círculo de amizades é:
( )Sólido e fechado, estritamente com os mesmos amigos.
( )Constante, amizades duradouras porém não únicas.
( )Instável, com mudanças no grupo mas a essência permanece.
( )Fluído, inúmeros amigos sem círculo definido.
( )Inexistente, as amizades duram pouco e são trocadas rapidamente

06 - Em relação à frase acima e suas experiências de vida, o que você observa sobre suas amizades na atualidade?
( )Se encaixam na frase, sendo efêmeras.
( )Não se encaixam na Modernidade Líquida, pois são duradouras.
( )Se encaixam na Modernidade Líquida, sendo frágeis.
( )Não se encaixam na Modernidade Líquida, pois são verdadeiras.


7- “As formas de vida contemporânea, segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos.” Você concorda com o conceito de Modernidade Líquida apresentado
( )Sim
( )Não

08-  Seus pais continuam casados ou juntos até hoje? E seus avós? (Se foram casados até uma parte falecer, considere que sim)
( )Meus avós sim, mas meus pais não.
( )Meus pais sim, mas meus avós não.
( )Meus pais sim e meus avós também.
( )Nem meus pais e nem meus avós continuam juntos.
( )Outra situação

09- Com qual definição de relacionamento amoroso você se identifica?
( )Relacionamento sério, com mais de seis meses de duração.
( )Relacionamento sério, com pedido formal.
( )Relacionamento exclusivo, independente da duração.
( )Relacionamento aberto.
( )“Ficar” já qualifica.

10-Segundo sua definição, quantos relacionamentos amorosos você já teve?
Nenhum.
( )Até 3.
( )Até 5.
( )Até 10.
( )10 ou mais.

11- Quanto tempo durou seu relacionamento mais longo?

( )Até 6 meses.
( )De 1 a 3 anos.
( )De 3 a 5 anos.
( )De 5 a 10 anos.
( )10 ou mais.

12- Sobre sua ideia de amor, responda:
( )O amor verdadeiro é único, só podemos nos apaixonar uma vez.
( )O amor pode ocorrer mais de uma vez, com características próprias.
( )O amor evoluiu e deixou de ser único.
( )Os padrões atuais de amor são baixos e facilmente alcançados, acabando com a ideia romantizada de “um grande amor”.
( )O conceito de amor como o conhecíamos se tornou ultrapassado

13- Com que frequência você troca seu celular?
( )Quando ele se torna ultrapassado.
( )Quando um novo modelo é lançado.
( )Quando seu celular se quebra, ou fica inutilizável (realmente inútil, travar um pouquinho não é desculpa).
( )Quando um familiar troca de aparelho, e o antigo dele passa para você.
( )Não possuo um celular.

14- O quanto o pensamento da sociedade ou opiniões alheias influenciam na suas atitudes e escolhas?
( )Raramente.
( )Constantemente.
( )Nunca.
( )Todos os dias.
( )Não influenciam.

15- Qual seu maior medo em relação ao futuro?
( )Não conseguir garantir um bom futuro, não conseguir um trabalho ou sustento.
( )Não conseguir se fixar na estrutura social.
( )Medo em torno da integridade física, segurança.
( )Não ter um relacionamento fixo e estável.
( )Ser julgado(a) pela sociedade.


Resultados obtidos

  • Gráficos e tabelas







QUESTÃO 1: Idade: __



Comentário:
Média: 24,4                Moda: 15                Mediana: 16

 Nesta questão os entrevistados informaram suas idades para obtermos conhecimento do público com que estamos trabalhando. As idades foram bem variadas, com predomínio de pessoas mais jovens por conta do meio em que o questionário foi divulgado, as redes sociais.

QUESTÃO 2: Qual seu nível de conhecimento sobre a Modernidade Líquida?






Comentário:
Elaboramos essa questão para averiguar a principal justificativa para nossa pesquisa: a falta de conhecimento sobre a teoria. Como propusemos, a maior parte da amostra não conhecia o tema, ou conhecia de maneira superficial.


QUESTÃO 3: Quantos amigos você tem no facebook?




Comentário:
Para provar a teoria de Bauman de que as amizades virtuais são mais atrativas, elaboramos a questão para observar esse fato, comparando-a com a das amizades fora do mundo virtual.

QUESTÃO 4: Quantos amigos próximos você diria que tem fora das redes sociais?





Comentário:
Esta questão foi elaborada para ser comparada com a questão sobre amizades virtuais. Em conjunto conseguimos observar se as amizades se encontram em sua maioria na vida real ou virtualmente.

QUESTÃO 5: Seu círculo de amizades é:






Comentário:
Abordando a questão das amizades como o relacionamento em questão suscetível aos processos descritos por Bauman, procuramos um conhecimento prático de como são os círculos de amizades dos jovens e adultos vivendo na Modernidade.

QUESTÃO 6:  Em relação à frase acima e suas experiências de vida, o que você observa sobre suas amizades na atualidade? 





Comentário:
Analisando mais profundamente as relações de amizades, procuramos saber se elas se encaixam ou não, de acordo com as características analisadas na questão 5.

QUESTÃO 7: “As formas de vida contemporânea, segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos.” Você concorda com o conceito de Modernidade Líquida apresentado.











Comentários:
Exibimos o conceito: “As formas de vida contemporânea, segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos”, e perguntamos aos entrevistados se concordam com esse pensamento.

QUESTÃO 8: Seus pais continuam casados ou juntos até hoje? E seus avós? (Se foram casados até uma parte falecer, considere que sim)





Comentário:
Coletamos dados sobre relacionamentos das gerações menos afetada pelos processos de fluidez, ou seja, as gerações mais antigas. A partir disso, comparamos com os relacionamentos da geração mais recente, abordados em outras questões.

QUESTÃO 9: Com qual definição de relacionamento amoroso você se identifica?





Comentário:
Relacionada ao aspecto do consumismo na Modernidade Líquida, procuramos explorar como isso se apresenta na vida real.

QUESTÃO 10: Segundo sua definição, quantos relacionamentos amorosos você já teve?




Comentário:
Analisamos os relacionamentos amorosos dos jovens, buscando entender o que são, como são definidos, por essa geração.


QUESTÃO 11: Quanto tempo durou seu relacionamento mais longo?





Comentário:
Nessa questão, continuamos a análise quanto aos relacionamentos amorosos que estariam inseridos nos contextos fluidos.

QUESTÃO 12: Sobre sua ideia de amor, responda:





Comentário:
Esta questão foi destinada para adquirir conhecimento sobre a fluidez dos relacionamentos atuais.

QUESTÃO 13: Com que frequência você troca seu celular?




Comentário:
Relacionando ao conceito de amor líquido, também encontrado na teoria de Bauman, investigamos como a amostra que respondeu ao questionário vê o amor.

QUESTÃO 14: O quanto o pensamento da sociedade ou opiniões alheias influenciam na suas atitudes e escolhas?



Comentário:
Nessa questão, a visão da amostra sobre o julgamento da sociedade é analisada, através do quanto influencia no seu cotidiano. É relacionada ao conceito de medo líquido.

QUESTÃO 15: Qual seu maior medo em relação ao futuro?





Comentário:
Dentro do aspecto de Medo Líquido, procuramos analisar quais são os principais medos dos que responderam ao questionário, para verificar se eles se enquadram no conceito.


Considerações finais

A experiência de realizar a pesquisa nos permitiu avaliar, através das respostas obtidas por meio do questionário divulgado nas redes sociais, a abrangência da fluidez encontrada nas relações entre as pessoas do mundo contemporâneo em que vivemos. Além disso, descobrimos o nível de conhecimento popular sobre nosso tema, concluindo que pode ser considerado baixo quando levamos em consideração que a Teoria apresentada é atual e aplicável na vida cotidiana.
O trabalho, além de nos permitir aprender mais sobre pesquisas estatísticas, possibilitou uma compreensão aprofundada da Teoria da Modernidade Líquida e os aspectos que a compõem, adquirindo noção de seu alcance na vida real com os resultados e gráficos relacionados.
As conclusões mais significativas obtidas foram no âmbito das principais vertentes
da teoria da Modernidade: amor, medo e mundo líquidos. Quanto ao conceito de amor, abrangendo tanto relacionamentos românticos quanto amizades, foram observadas as diferenças entre as gerações antigas, sendo essas de algumas décadas passadas, como pais e avós, e a geração atual, ou seja, os jovens. 
Dentro desse último grupo, nota-se uma dinâmica de relacionamento cujos principais aspectos se tornam fúteis, efêmeros e, como foi abordado por Bauman, líquidos. Em contrapartida, os relacionamentos observados entre os mais velhos são mais duradouros quando comparados. Tal afirmação pôde ser comprovada pelas respostas coletadas, nas quais os relacionamentos dos jovens (maior parte da amostra) eram mais curtos e seus pais e avós estavam em relacionamentos muitas vezes ainda estáveis.
Em relação aos medos considerados líquidos, a resposta predominante entre as que constaram nas alternativas foi o medo em relação ao futuro, como não conseguir garantir um sustento ou um emprego fixo. Isso releva que o futuro, sem garantia de uma boa vida, se encaixa na definição de fluido e instável, causando preocupação na população inserida na Modernidade Líquida.
Ainda, o Mundo Líquido é uma realidade permeada por acontecimentos efêmeros, no qual a sociedade e seus comportamentos ocorrem de acordo com essa nova dinâmica. Além disso, a sociedade de consumo se desenvolveu e os medos e progressos são característicos de uma nova Modernidade que gradativamente se insere, consolidando a fluidez encontrada entre as pessoas.
Finalmente, concordamos com a Teoria da Modernidade Líquida proposta por Zygmunt Bauman, após ter a oportunidade de melhor entendê-la e aplicá-la em nossa realidade cotidiana.


Sugestões

Caso deseje continuar a ler e estudar o assunto temos algumas indicações para você, abaixo indicaremos as obras de Zygmunt Bauman, o autor da obra. Também existem muitos artigos acessíveis na internet e entrevistas com o filósofo.
Abaixo segue uma lista de obras do autor:

-Modernidade Líquida - 1999
-Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos - 2003
-Tempos Líquidos - 2007
-Vida Líquida - 2005
-Globalização - 1998
-Vida para Consumo - 2007
-Modernidade e Holocausto - 1989
-Vidas Desperdiçadas - 2003
-Pensando Sociologicamente - 1990
-Retrotopia - 2017


Bons Estudos!!!


Referências Bibliográficas

Amor Líquido | Goethe e Zygmunt Bauman:
<https://www.youtube.com/watch?v=lFlhG_Ys2v8>

zygmunt bauman - sobre os laços humanos, redes sociais, liberdade e segurança:
<https://www.youtube.com/watch?v=LcHTeDNIarU>

BAUMAN E A MODERNIDADE LÍQUIDA | Sociologia Contemporânea | Thaís Lima #01:
<https://www.youtube.com/watch?v=J6L0xSxcOiQ>

BLACK MIRROR E A MODERNIDADE LÍQUIDA - Prof. Leandro Vieira:
<https://www.youtube.com/watch?v=NCylM5tMaq4>

Zygmunt Bauman: o pensamento do sociólogo da "modernidade líquida" Por Carolina
Cunha, da Novelo Comunicação:
<https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/zygmunt-bauman-o-
pensamento-do-sociologo-da-modernidade-liquida.htm>

“Medo Líquido – Zygmunt Bauman: uma resenha” por Vinicius Siqueira:
<http://colunastortas.com.br/2013/12/08/medo-liquido-zygmunt-bauman-uma-resenha/>

“O que é liquidez em Bauman?” por Vinicius Siqueira:
<http://colunastortas.com.br/o-que-e-liquidez-em-bauman/>


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